Tempos atrás conheci o The Liturgists, um coletivo de artistas que trabalham juntos para criar uma liturgia profunda na contemporaneidade. Alguns destes artistas e criadores são: Gungor, The Brilliance, Sleeping At Last entre outros.
A proposta do The Liturgists é gerar um pensamento a respeito das coisas “impensáveis”. Por exemplo, Deus não tem sexo. Deus não é homem e nem mulher. A acomodação de linguagem é feita para que possamos compreender um pouquinho sobre quem é o GRANDE EU SOU. Entretanto, nos esquecemos que YHWH não está preso nas categorias humanas, nos “pares de opostos”, nas nossas mentes findáveis. E sobre esse assunto o The Litutgists trata no God our Mother, que é uma reflexão mais profunda sobre o que brevemente resumi acerca desta questão.
A meditação que captou os meus pensamentos foi a Vapor, talvez por Eclesiastes ser o meu livro preferido da Bíblia ou talvez por eu estar começando a entender o que realmente sou: vapor.
Essa meditação tem duas fontes de inspiração. A primeira é o vídeo do astrônomo Carl Sagan chamado The Pale Blue Dot. A segunda é série de estudos sobre Eclesiastes do Andrew Arndt. Segue o vídeo da meditação Vapor:
Quando conhecemos quem Ele é reconhecemos quem nós somos. Quando compreendemos, nem que por um milésimo, o que é o ETERNO entendemos que a vida é realmente apenas um sopro, uma brisa leve, um vapor. Iremos morrer. O sentimento da não-existência perturba o homem, pois, como diz em Eclesiastes 3:11, “Pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez”. O ponto é: como iremos viver nossa breve vida na terra?
Memento Mori.
“Oh the vapor of it all/ It’s a chasing of the wind/ The powers of the earth so pale and thin/ We will set our hearts on you again/ Holy/ You oh God are Holy/ Trees clap their hands for you/ Oceans they dance for you/ You are holy” – Vapor – The Liturgists