quando eu estava no ramakrishna math, em hyderabad, perguntei ao swami bodhamayananda: “qual o maior ensinamento do bhagavad-gita?”. ele me respondeu 3 coisas:
“de onde provém esse inerte desalento, ó Arjuna, neste momento, o momento de prova? Homens fortes não conhecem desalento, ó Arjuna, pois isso não lhes confere nem o céu nem a terra. não caia em fraqueza degradante, pois isso não faz com que um homem seja homem. Livra-te desse ignóbil desânimo e eleva-te como o fogo que fulmina tudo o que lhe está à frente.” BG 2:1,2
a primeira delas é quando krishna chama a censura arjuna pelo seu desânimo, inerte desalento, fraqueza degradante. krishna nos sacode para sairmos da inércia, acordarmos do nosso sono, de maya, daquilo que é ilusão, poeira, névoa. e assim podemos agir conforme a nossa vocação.
“então, sua alma é uma lamparina cuja luz é firme, por arde em um abrigo onde não sopram ventos” BG 6:19
a segunda coisa é quando estamos em harmonia somos como essa lamparina que não oscila, lamparina sem ventos, reta, concentrada em simplesmente ser lamparina. ser una consigo mesma é ser essa luz firme. deus mora entre nossos olhos. isto és tu. o mistério do universo aponta para dentro, diz o poeta
“o que quer que você faça, ou coma, ou doe, ou oferte em adoração, que seja uma oferenda para mim; e o que qualquer austeridade que você realize, faça como uma oferenda a mim” BG 9:27
terceiro ponto é fazer tudo para deus. deus é amor. então, fazer tudo para que o amor abunde no mundo. se tudo o que fizermos for com amor e por amor não oscilaremos com os frutos. o amor é desapego. é equanimidade. é o caminho do meio ensinado por buda.
om shanti. shanti. shanti.