Teologia Feminista

Onde estão as mulheres na teologia? Essa série começou com “Panorama da Teologia Feminista Brasileira”, que tinha como objetivo dar visibilidade e voz para as mulheres que tem ousado dar esse passo e fazer parte dessa revolução cultural. Porém, hoje abrange teólogas de outras culturas, abrindo as fronteiras para outros pensamentos contextuais. Esse panorama pretende apresentar uma breve introdução das teólogas feministas, mulheristas, queer e algumas de suas obras. Mulheres que tem se colocado na linha de frente contra uma teologia machista e patriarcal, abrindo caminhos e “rompendo o silêncio”, como diria Ivone Gebara.

Ivone Gebara

“Seu sobrenome ecoa a revolução na América Latina. Ivone Gebara é brasileira, freira e feminista. Pertence à Congregação das Irmãs de Nossa SenhoraCônegas de Santo Agostinho – e por décadas viveu no Nordeste do Brasil, numa vida de “inclusão” no meio popular. De dentro da Igreja procura mudá-la. Dedica-se, fundamentalmente a partir de uma teologia feminista, desconstruir o direito natural, patriarcal e machista que a hierarquia católica pretende impor. Devido as suas posições, especialmente em favor da despenalização e legalização do aborto, recebeu severos castigos impostos pelo Vaticano. Porém, Ivone não se cala.

Ela nasceu em 1944. É doutora em Filosofia pela Universidade Católica de São Paulo e em Ciências Religiosas pela Universidade Católica de Lovaina (Bélgica). Durante 17 anos, lecionou no Instituto de Teologia de Recife, até a sua dissolução ordenada pelo Vaticano, em 1999, como uma forma de silenciá-la. Desde então, dedica o seu tempo, principalmente, para escrever, dar cursos e conferências sobre a hermenêutica feminista, novas referências antropológicas e a ética e os fundamentos filosóficos e teológicos do discurso religioso.

É autora de mais de 30 livros e de dezenas de artigos e ensaios, entre eles: “Trindade: palavra sobre coisas velhas e novas. Uma perspectiva ecofeminista” (1994), “Teologia ecofeminista: ensaio para repensar o conhecimento e a religião” (1997), “Rompendo o silêncio: uma fenomenologia feminista do mal” (2000), “Mulheres de mobilidade escravas: as mulheres do nordeste, uma vida melhor e feminismo” (2000), “As águas do meu poço. Reflexões sobre experiências de liberdade” (2005); “O que é teologia?” (2006), “O que é teologia feminista?” (2007), “O que é cristianismo?” (2008) e “Compartilhar os pães e os peixes. O cristianismo, a teologia e teologia feminista” (2008).” ( CARBAJAL, 2012)

Nancy Cardoso Pereira

Nancy é pastora e teóloga metodista.  Agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) na região Sul Rio, professora de teologia e história da Universidade Severino Sombra, Vassouras, Rio de Janeiro.

“Possui mestrado (1992) e doutorado (1998) em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (1992); pós-doutorado em História Antiga na Unicamp (2006); graduação em Teologia – Bennett (1987), licenciatura em Filosofia pela Universidade Metodista de Piracicaba (2002); membro do conselho editorial da Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana; membro do Palestine Israel Ecumenical Forum (PIEF)/ World Council of Churches (WCC);membro do Núcleo de Estudos de Gênero da Escola Superior de Teologia (EST); experiência de ensino na área de Ciências da Religião/Teologia, Filosofia e História, com ênfase em História Antiga Oriental, Exegese e Hermenêutica Bíblica atuando principalmente nos seguintes temas: metodologia da pesquisa, religião e sociedade, historia antiga oriental, história da religião antiga, filosofia antiga e medieval, antropologia e religião na antiguidade médio-oriental, literatura e relações sociais de gênero, campesinato, hermenêutica feminista latinoamericana. Assessora de Formação da Comissão Pastoral da Terra (CPT).” (CV Lattes)

Publicou livros como “Palavras se Feitas de Carne – leitura feminista e crítica dos fundamentalismos” (2014); “Querida Ivone: amorosas cartas de teologia e feminismo” (Org. 2014);   “Remover pedras, plantar roseiras, fazer doces – por um ecossocialismo feminista” (2009). E escreveu diversos artigos sobre a temática da teologia e hermenêutica feminista. Destaco aqui alguns: “Teologia da Mulher” (2015.);  “Experiencia Religiosa e Identidade de Gênero. Caminhos da História” (2010); “Hermenêutica feminista: roteiros de inimizade ou parcerias saborosas?” ( 2005).

Ivoni Richter Reimer

Ivoni Reimer é “pastora ordenada da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). Fez graduação em Teologia pela Faculdade de Teologia em São Leopoldo e Estudos de Teologia pela Faculdade de Teologia Bethel (Alemanha). Tem experiência na área de Teologia e Ciências da Religião, com ênfase em Bíblia, Sociedade e Cultura, atuando principalmente nos seguintes temas: exegese, hermenêutica bíblica e feminista, espiritualidade, Novo Testamento, mundo sócio-cultural e bíblia, movimento de Jesus, ecologia, movimentos sociais, relações de gênero e literatura sagrada, Direitos Humanos, história antiga e Bíblia.

Pós-doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas, Interdisciplinar, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutora em Teologia/FIlosofia pela Universidade de Kassel (Alemanha, 1990). Professora na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Departamento de Filosofia e Teologia – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Religião; docente no Mestrado em História Cultural). Pesquisadora do CNPq.

Foi professora de Teologia na Universidade Metodista do Rio de Janeiro, no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (RJ) e no Instituto de Filosofia e Teologia (GO). Assessora do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), do Serviço de Animação Bíblica (SAB das ed. Paulinas). Já realizou vários projetos de pesquisa, com produção acadêmico-científica e popular. No momento, seus projetos em andamento são “O movimento de Jesus nos Evangelhos. Sinóticos”, “Literatura Sagrada, Saúde e Gênero” e “Mulheres nas Origens do Cristianismo” (PROPE-PUC Goiás). Coordenou por vários anos, até 2014, o Núcleo de Pesquisa e Estudos da Religião (PUC Goiás). É membro-fundadora da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB) e de StreitgängerInnen (Alemanha). Professora colaboradora no Programa POLICREDOS do Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra. Professora colaboradora no Programa de Religião e Gênero, das Faculdades EST, São Leopoldo” (CV LATTES)

 Autora de vários livros, capítulos e organização de livros, de artigos em revistas especializadas em Teologia, Religião e Hermenêutica (RIBLA, EstTeol, EstBibl, Caminhos, Fragmentos de Cultura, Schlangenbrut, Caminos, Caminhando). É tradutora. Como por exemplo: “Vida de Mulheres: na Sociedade e na Igreja” (1995); “Maria, Jesus e Paulo com as mulheres – Textos, interpretações e história” (2013); “Corpo, gênero, sexualidade, saúde” (2005); “Grava-me como selo sobre teu coração: teologia bíblica feminista” (2005)

Luiza Etsuko Tomita

“Possui graduação em Graduação de Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção(1987), graduação em Filosofia pela Faculdades Associadas Ipiranga(1993), mestrado em Mestrado Em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção(1994), mestrado em Pós-graduação Psicologia pela Faculdade São Marcos(1995) e doutorado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo(2004). Atualmente é Professora visitante da Escola Dominicana de Teologia, Professora Teologia da Faculdade de Teologia Pio XI e professora visitante do Instituto Teológico São Paulo. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Sistemática. Atuando principalmente nos seguintes temas: movimentos populares, mulheres, Teologia Feminista, práticas do cotidiano, sexualidade e corpo.” (CV LATTES)

Sua tese de doutorado foi:  Corpo e Cotidiano: a experiência de mulheres de movimentos populares desafia a Teologia Feminista da Libertação na América Latina,(2004);  Entre outras produções bibliográficas estão: “A Teologia Feminista no Contexto de Novos Paradigmas” (1997); “A Contribuição da Teologia Feminista da Libertação para o Debate do Pluralismo Religioso” (2003);   “O desejo seqüestrado das mulheres: desafio para a teologia feminista no século 21 (2005); Gênero e Religião no Brasil: ensaios feministas” (2006); “A teologia feminista libertadora: deslocamentos epistemológicos” (2010).

Maria Clara Lucchetti Bingemer

Maria Clara Bingemer, é uma pioneira entre as mulheres engajadas na teologia no nosso continente, e é brasileira. “Possui graduação em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1975), mestrado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1985) e doutorado em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Gregoriana (1989). Atualmente é professora titular no Departamento de Teologia da PUC-Rio. Durante dez anos dirigiu o Centro Loyola de Fé e Cultura da mesma Universidade. Durante quatro anos foi avaliadora de programas de pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Durante seis anos foi decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio.

Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Sistemática, atuando principalmente nos seguintes temas: Deus, alteridade, mulher, violência e espiritualidade. Tem pesquisado e publicado nos últimos anos sobre o pensamento da filósofa francesa Simone Weil. Atualmente seus estudos e pesquisas vão primordialmente na direção do pensamento e escritos de místicos contemporâneos e da interface entre Teologia e Literatura” (CV LATTES)

Destaco aqui alguns textos e obras da Bingemer: “E A MULHER ROMPEU O SILENCIO A propósito do segundo Encontro sobre a produção teológica feminina nas Igrejas cristãs”  (1986); “A Trindade a partir da perspectiva da mulher” (1986);  “Mulher: Temporalidade e Eternidade – A MULHER ETERNA E O ROSTO FEMININO DE DEUS” (1991); “A Mulher Nos Exercécios: “Inimiga”, Discípula, Mãe e Senhora Nossa” (1996); “A mulher na Igreja hoje – a partir e além do Concílio Vaticano II” (2006); “A escuta da mulher (Construindo a fé e a justiça)” (2007).

Elaine Gleci Neuenfeldt

“Possui graduação em Teologia pela Escola Superior de Teologia (1991), com experiência de Intercâmbio de Estudos pelo Centro Intereclesial de Estudios Teológicos y Sociales de Nicarágua (1989), Mestrado (2001) e Doutorado (2004) em Teologia pelo Instituto Ecumênico de Pós Graduação, da Faculdades EST, São Leopoldo. É pastora ordenada da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, assessora do CEBI – Centro de Estudos Bíblicos. Foi docente da Cátedra de Teologia Feminista do Instituto Ecumênico de Pós-Graduação em Teologia, da Faculdades EST. Tem experiência na área de Teologia e Bíblia, com ênfase em Estudos de Gênero, atuando principalmente nos temas: gênero, feminismos, estudos bíblicos, leitura popular da bíblia e hermenêutica feminista.” (CV LATTES)

Algumas de suas obras  Nossos caminhos e nossas opções metodológicas. Ensaios de Leitura Bíblica Popular, Feminista e de Gênero (2007) Encontros e conversas – pela cultura da paz e superação da violência doméstica (2007). Publicou artigos e escreveu capítulos de diversos livros, como “Teologia ecofeminista – inter-relações possíveis entre conhecimento, mulheres e ecologia.” (2008); “Metodologias de Leitura Popular e feminista – o voto e o sacrifício de Ana (1 Samuel 1,9-18. 24-28)” (2007);  “Encontros e conversas que dizem NÃO à violência contra as mulheres” (2007); “Papéis de gênero e experiências religiosas de mulheres” (2004)

Marga Janete Ströher

Marga J. Ströher é mestre e doutora em Teologia pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdades EST de São Leopoldo/RS, com graduação incompleta em Filosofia pelo UNILASALLE. Especialização em Gestão de Políticas Públicas em Direitos Humanos (em andamento) pela Escola Nacional de Administração Pública/ENAP (em andamento). A pesquisa e a atuação acadêmica caracterizam-se pela interdisciplinaridade e transversalidade e situam-se na linha de hermenêutica, filosofia antiga, história da filosofia, filosofia intercultural, epistemologia feminista, relações de gênero, estudos culturais, educação, história da ciência, direitos humanos, políticas públicas e diversidade na interface com estudos da religião.

Projetos de pesquisa concluídos: “O papel da religião e do discurso religioso na produção e na reprodução da violência sexista e a desconstrução do discurso e dos símbolos religiosos para a superação da violência” (CNPq); O papel da religião na produção e na reprodução da violência sexista e a questão dos direitos humanos das mulheres (FAPERGS), “Religião, Poder e Direitos Humanos – Uma abordagem de gênero e etnia em comunidades quilombolas” (CNPq). Atuou como professora na Faculdades EST, de 2002-2010, nos cursos de Teologia e Musicoterapia, e na Escola da Previdência Social junto à Coordenação-Geral de Educação Continuada da Administração Central do INSS, em Brasília, de 2010 a 2011. Atualmente é Assessora da Assessoria de Direitos Humanos e Diversidade Religiosa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e tutora da UNB no curso de Prevenção de Uso de Drogas para Professores de Escolas Públicas (convênio UNB-Prodequi, MEC e Senasp)” (CV LATTES)

Publicou (livros e capítulos) e organizou livros como ” Igreja na casa dela: papel religioso das mulheres no mundo greco-romano e nas primeiras comunidades cristãs” (1996); ” À flor da pele – Ensaios sobre gênero e corporeidade” (Org) (2004); “Corporeidade, Etnia e masculinidade” (Org) (2005); “Gênero entre diversidade e identidade: alguns desdobramentos possíveis” (Cap)(2008); Por uma linguagem integradora de mulheres e homens” (1991). São inúmeros artigos publicados, destaco alguns: “Corpos educados, sexualidade construídas (2000);  “Entre a afirmação da igualdade e o dever da submissão. relações de igualdade e poder patriarcais em conflito nas primeiras comunidades cristãs (2000); “Ser mãe sem padecer no paraíso – Alguns fios da trama entre as mulheres, Eva, Maria e Ártemis” (2003); “A história de uma história – o protagonismo das mulheres na Teologia Feminista” (2005).

Valéria Cristina Vilhena

“Doutora do Programa Interdisciplinar em Educação, História da Cultura e Artes, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, com Isenção de Taxas concedida pela própria Instituição. Mestra em Ciências das Religiões, Área de Práxis Ciências Sociais, pelo Programa de Pós Graduação em Ciências da Religião / UMESP (2009). Graduada em Teologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2006). Professora do INEQ – Instituto Nacional de Educação e Qualificação, na formação continuada de professoras e professores da rede pública de São Paulo. Fundadora do Movimento EIG – Evangélicas pela Igualdade de Gênero. Áreas de Pesquisa e atuação: Gênero, Educação, História Cultural, Sociologia da Religião.” (CV LATTES)

Publicou livros como “Evangélicas por sua Voz e Participação – Gênero em Discussão” (2015);  “Violências de Gênero, Evangélicos (a) políticos e os Direitos Humanos”  (2015); apresentou trabalhos e artigos com as seguintes temáticas “O Corpo Reprimido” (2011); “O feminino na sala de aula” (2013).

Regene Lamb

“Regene Lamb, pastora da IECLB e mestra em Teologia. Concluiu o curso de Teologia em 1983 e o mestrado em 2006 na Escola Superior de Teologia de São Leopoldo, RS. Trabalhou num Projeto de Teologia Feminista da Libertação em Kassel e lecionou na Faculdade de Teologia da Igreja Metodista em Porto Velho. Atuou como pastora nas Paróquias de Colorado do Oeste, Rolim de Moura, Porto Velho, Erval Seco, Cachoeira do Sul e na Coordenação do Conselho de Formação no Sínodo Uruguai. Foi representante do Sínodo Centro Campanha-Sul no Conselho da Igreja de 2008 a 2012. Atualmente atua como pastora na Paróquia em Monte Alverne, município de Santa Cruz, estado do Rio Grande do Sul.”

Trabalha com diferentes tipos de hermenêuticas. Escreveu textos como Criança presente: pistas pra uma hermenêutica bíblica na perspectiva das crianças” (2007); “Relações de gênero e leitura bíblica”; Luise Schottroff” (uma breve biografia dessa importante teóloga feminista).

Tea Frigerio

“Tea Frigerio é italiana, Missionária de Maria (Xaveriana), no Brasil desde 1974. Foi assessora e professora de Sagrada Escritura no IPAR (Instituto de Pastoral Regional) de Belém do Pará. No mesmo Instituto foi coordenadora do Departamento de Pastoral e Diretora por dois mandatos.

Formada em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, pós-graduada em Assessoria Bíblica pela Faculdades EST-CEBI. Foi coordenadora do Programa de Formação do CEBI e atualmente é assessora do CEBI.”

Escreveu uma série de livros chamado “Curso Popular de Bíblia“. A experiência é resultado de anos de estudo, com leigos e leigas, lideranças comunitárias e populares, na periferia de Belém. Ao todo são 7 volumes, que perpassam todas as etapas da Bíblia, todos elaborados por Tea Frigerio. Autora de livros como “Ecofeminismo: novas relações, nova terra, novos céus” (2002);  “Hermenêutica feminista e de gênero” (2000); “Atos das mulheres – justiça, solidariedade, mística”; “Carta aos Filipenses – O sonho de Deus: uma casa acolhedora”. Produziu artigos e reflexões como “Discipulado de mulheres – O perfume encheu a casa”; “Leitura bíblica na Amazônia”.

Ana Luisa Alves Cordeiro

Doutoranda em Educação e Graduanda em Administração, pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB-MS). Mestra em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO/2009). Bacharel em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO/2007). Bolsista da ADVENIAT (Alemanha) durante o Mestrado. Pesquisadora do Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação, Gênero, Raça e Etnia (CEPEGRE/UEMS). Membro do Grupo de Pesquisa em Educação, Gênero, Raça e Etnia (GEPEGRE-CNPq-UEMS), desde 2011 e vice-líder no período de 2011 a 2014. Více-líder do Grupo de Estudos e Pesquisa Políticas de Educação Superior/Mariluce Bittar (GEPPES/MB-UFMS), desde 2014 e membro desde 2013; Membro do Grupo de Pesquisa Educação Superior e Relações Étnico-Raciais (GPESURER-UFRRJ), desde 2015.

Membro do Coletivo de Mulheres Negras “Raimunda Luzia de Brito” (CMNEGRAS), desde 2009, do Instituto de Direitos Humanos de Mato Grosso do Sul (IDHMS), desde 2013, e do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI), desde 2000. Integra o GT 11 da ANPEd ‘Política de Educação Superior’ e a Rede Universitas/Br que investiga as políticas de expansão da educação superior no Brasil, pós-LDB. Profissional credenciada para prestar ações de qualificação e formação na Fundação Escola de Governo de MS, para as temáticas: diversidade, elaboração e gerenciamento de projetos, planejamento estratégico e voluntariado, desde 2013. Prestou consultoria para Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Áreas de pesquisa: políticas públicas, políticas educacionais, relações étnico-raciais e de gênero” (CV LATTES)

Suas pesquisas foram nas temáticas “Recuperando o Imaginário da Deusa: estudo sobre a divindade Aserá no Antigo Israel” (2009); “Políticas de Ação Afirmativa: implicações na trajetória acadêmica e profissional de afro-brasileiros/as cotistas egressos/as da UEMS” (2014). Seu livro publicado “Onde estão as deusas? Asherah, a deusa proibida, nas linhas e entrelinhas da Bíblia” (2011).  Publicou artigos como “Fortalecendo a mística a partir de uma leitura afro-descendente de Gn 1,1-2,4a” (2008); “Asherah, a Deusa Proibida.” (2007); “Representação Feminina do Sagrado: entre imaginário, violência e recuperação simbólica” (2013); “O Imaginário Feminino da Divindade como caminho de empoderamento das mulheres” (2008).

Wanda Deifelt

Wanda Deifelt é brasileira, luterana, possui graduação em Teologia pela Escola Superior de Teologia – EST, de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Tem mestrado pelo Garrett-Evangelical Theological Seminary e doutorado pela Northwestern Univesity, ambas na cidade de Evanston, estado de Illinois, EUA. Atua como professora e coordenadora do departamento de Religião da Luther College, na cidade de Decorah, estado de Iowa, EUA. Trabalha com teologias contextuais, em especial teologia feminista. Entre os temas que aborda estão Lutero e luteranismo, criação, cristologia, direitos humanos e sexualidade.”

É autora do livro “À flor da pele – Ensaios sobre gênero e corporeidade”( 2004). Escreveu inúmeros artigos com a temática da teologia e hermenêutica feminista, entre eles: “Maria Madalena: a primeira testemunha da ressurreição.” (1985); “Os primeiros passos de uma hermenêutica feminista: a Bíblia das Mulheres, e ditada por Elizabeth Cady Stanton.” (1992); “Palavras e outras palavras: a teologia, as mulheres e o poder” (1996); ” Mulheres na educação teológica no Brasil” (1992) ; ” Mulheres pregadoras: uma tradição na Igreja” (2001);  “Temas e metodologias da teologia feminista” (2003);  “O corpo em dor: uma análise feminista da arte pictórica de Frida Kahlo” (2004); “Gênero e AIDS: o desafio das mulheres diante da pandemia do HIV” (2004);  “Contribuições da teologia ecofeminista para uma leitura ecológica da Bíblia” (2003).

Isabel Aparecida Félix

Assessora nacional do CEBI, co-fundadora da ONG MENINA FELIZ de Campina Grande-PB e autora de artigos relacionados à hermenêutica feminista da Bíblia. “Doutora em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2010), Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2003) e graduadação em Pedagogia (Licenciatura Plena) pela Faculdades Associadas do Ipiranga (1989). Interessada, especialmente em Metodologia e Hermenêutica, Religião e Direitos Humanos e na relação entre Estudos Culturais e uma hermenêutica antropológica de textos sagrados e outros textos.” (CV LATTES)

Organizadora do livro “Teologias com Sabor de Mangostão” ( 2009). Produziu artigos como: “Gênero, Religião e Políticas Públicas” (2007);  “Avançamos muito, mas ainda há muito chão pela frente” (2006); “Uma homenagem a vida e obra de Ivone Gebara Uma mulher sábia, compassiva e de liberdade profética/poética” (2014); ” A contribuição da Hermenêutica Feminista da Bíblia para o processo de concientização em vista da transformação da realidade” (2006); “A função desmistificadora da Hermenêutica Feminista da Bíblia” (2006);  “Invitación a repensar el potencial de transformación del método de la Lectura Popular de la Bíblia” (2011).

Carolina Bezerra de Souza

“É mestre em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília (2000). Foi engenheira de desenvolvimento da Wise Telecomunicações de 2001 a 2008. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica para Telecomunicações. Bacharel em Teologia pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro (2011), mantida pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Atualmente é doutoranda do Programa de pós graduação stricto senso em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de Goiás onde trabalha na linha de Literatura Sagrada especialmente nos textos neo-testamentários sob perspectiva de gênero” (CV LATTES)

Seu mestrado teve a temática “Jesus e as mulheres no Evangelho de Marcos: Paradigmas de relações de gênero” (2014). Está fazendo sua pesquisa de doutorado também no Evangelho de Marcos, com o título “Marcos: evangelho das mulheres“. Escreveu artigos como “As mulheres: modelo de seguimento no movimento de Jesus e na Igreja” (2012);  ” Teologia pública e a questão da cidadania e da violência contra a mulher” (2013); “Mulheres, Religião e Mudança Social: Uma Aproximação ao Tema no Ambiente da Ditadura Militar no Brasil” (2015).

Marcia Blasi

“Doutoranda em Teologia pela Escola Superior de Teologia. Possui Bacharelado em Teologia pela Escola Superior de Teologia (1997) e Mestrado pelo Graduate Theological Union, Berkeley, CA/EUA (2001). Atualmente é professora de Teologia Feminista e Co-coordenadora do Programa de Gênero e Religião da Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. É Assessora do Conselho da Federação Luterana Mundial para questões de gênero e facilitadora da Rede de Mulheres e Justiça Gênero da Federação Luterana Mundial na América Latina. É Pastora Ordenada da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil desde 1998. Foi Pastora Vice-Sinodal no Sínodo Noroeste Riograndense.” (CV LATTES)

Organizou o livro, com a colaboração de outros colegas, “Ainda Feminismo e Gênero” (2013). Escreveu artigos e capítulos de livros com os seguintes títulos: “Aconselhamento Pastoral em Perspectiva Feminista Princípios Básicos” (2014); “Gênero e Poder” (2013); “Nem tão doce lar” (2012); “Questões de Gênero e a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil” (2009); “Coisas do Gênero: Revista de estudos feministas em gênero e religião” (2015).

Mercedes Lopes

“Possui graduação em Licenciatura em Teologia e Bíblia pela Universidade Bíblica Latino Americana (1995), graduação em Teologia Sistemática pelo Instituto Boliviano de Teologia a Distância e Universidade Católica Bolívia (1992), mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2004) e doutorado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2007). Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Pesquisa Bíblica, atuando principalmente nos seguintes temas: exegese, mulher, cidadania, ecologia, justiça, Jesus, sabedoria.” (CV LATTES)

Seus escritos são inúmeros, destacarei alguns artigos e capítulos de livros publicados: “Mulheres que inventam saídas” (1996); “Pontos básicos para uma leitura de Gênero no CEBI” (2000); “Espiritualidade Patriarcal e Imagens de Deus” (2003); “Maria Madalena e as outras Marias” (2004); “Mulheres da Bíblia a serviço da vida” (2008);  “Mulheres da Bíblia a serviço da vida” (2012);  “A mulher sábia e a sabedoria mulher” (2007);  “O papel de Marta na comunidade Joannina” (2016); “Fui tecida em segredo, na terra mais profunda” (2016).

Claudete Beise Ulrich

“Possui graduação em Teologia pela Escola Superior de Teologia (1987), graduação em Pedagogia – habilitação Educação Infantil pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2005), mestrado em Teologia Prática pelo Instituto Ecumênico de Pós Gradução da Escola Superior de Teologia (2002) e doutorado em Teologia, área de concentração religião e educação também pelo Instituto Ecumênico de Pós Gradução da Escola Superior de Teologia (2006), tendo tido como orientador Prof. Dr. Alceu Ferraro Ravanello e co-orientador Prof. Dr. Evaldo Pauly. Realizou pós-doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina sob a supervisão da Profª. Drª. Joana Maria Pedro (2007-2008). De 2009 a 2012 atuou como intercambista em projetos ecumênicos na região de Hannover/Alemanha. De 2012 a 2015 atuou como coordenadora de estudos na Academia de Missão junto a Universidade de Hamburgo/Alemanha. Desde agosto 2015 é professora de teologia na Faculdade Unida em Vitória no Espírito Santo. Tem experiência religião, história e educação, atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade, teologia feminista, gênero, educação, religião, história das mulheres, história oral, teologia pública, feminismo, história da criança, protestantismo, mulheres e movimento da reforma protestante, pedagogia e teologia da libertação.” (CV LATTES)

Organizou o livro, com outros colegas, “Maria de todas nós” (2013); “Retratos das mulheres da OASE – quem foram e quem são: Caderno de memórias” (2006). Publicou diversos capítulos, como: “Ensino Religioso e relações de gênero: tecendo novos e coloridos fios – contribuições para um currículo não sexista‘ (2005); “Mulheres atuantes” (2006); “Gratidão por ter compartilhado o ministério com Hulda e Hildegart“(2012);  “Maria, Marias em mim!” (2013); “Práxis ética do cuidado e relações de gênero: alguns apontamentos para práticas educativas emancipatórias” (2015); “As mulheres na Reforma Protestante” (2015). Artigos diversos: “Marta e Maria: as mulheres dão sinais da vivência de uma nova espiritualidade” (1995); ” Movimento de mulheres e feminismo em tempos de ditadura milita (1964-1989) e a sua relação com a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil” (2009); “Mulheres pobres brasileiras e o cuidado com a criação: uma perspectiva teológica feminista da libertação e relações de gênero” (2011).

Odja BarrosOdja Barros é pastora, professora de Novo Testamento e assessora do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI). É formada em Educação Religiosa pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil e em Pedagogia pela UFAL. Tem especialização em assessoria bíblica e está cursando o doutorado em Teologia pela Escola Superior de Teologia, em São Leopoldo.Alguns de seus trabalhos: “Uma Hermenêutica feminista e simbólica do Pentecostes: Uma leitura de Atos 2:1-13 a partir da Mulher.” (Especialização, 2007); “Uma hermenêutica popular e feminista na perspectiva da mulher nordestina: um relato de experiência” (mestrado, 2011); “Re-imaginando a Trindade.” (2015); “Relações de gênero e Igreja: Por uma Ekklesia não patriarcal” (2013); “Lendo a Bíblia a partir da perceptiva da mulher” (2011).Romi Márcia BenckePossui graduação em Teologia pela Escola Superior de Teologia (1998) e mestrado em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Atualmente é secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia, atuando principalmente nos seguintes temas: campo religioso, laicidade, religião, políticas públicas, mulheres, teologia da prosperidade, neopentecostalismo e ecumenismo. É a primeira secretária geral mulher do O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).Organizou trabalhos como: ” Ecumenismo e Feminismo – Parcerias da Casa Comum” (2012). Escreveu e publicou artigos: ” Religião, estado laico e autodeterminação sexual e reprodutiva das mulheres” (2012); ” O fazer teológico e direitos humanos em diálogo com outras vozes” (2015); “Os calvários nos tempos atuais” (2015);

Maria Soave Buscemi

Nasceu na terra do Meio do mar Mediterraneo, no sul da Itália, no dia 13 de agosto, sexta-feira, de 1963. Educadora e biblista popular, há 20 anos partilha Vida e Bíblia nas erranças das muitas comunidades desta América Afro-Ameríndia. Vive na Terra do Meio do Planalto Catarinense, no “Karú”, a Terra boa dos pinheiros araucárias, a terra da árvore do Povo livre.oave partilha a poiética ecofeminista, a recriação dos textos da Vida e da Bíblia, como espaço sagrado de novas relações na construção de outros mundos possíveis.

Autora das obras: Luas, contos e en-cantos dos evangelhos; A amante, a sabia, a guerreira, a feitiçeira – uma poiética ecofeminista do Novo Testamento; Caminhos: errando entre Vida e Bíblia.Haidi JarschelDoutoranda em História Cultural na UNICAMP. Possui mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de Sao Paulo (1994). Atualmente é professora titular do Instituto São Paulo de Estudos Superiores. Tem experiência na área de Teologia, História, atuando principalmente nos seguintes temas: ética, relações de gênero, feminismo, violência de gênero, direitos humanos, agroecologia. Tem experiência e conhecimentos acumulados na área de políticas públicas e movimentos sociais.Produziu artigos e obras como: “Variações sobre o bem e o mal: Reflexões ético-teológicas sobre o aborto” (1996); “Para que a memória histórica de resistência das mulheres seja guardada” (1999); “Memórias de mulheres assentadas no Pontal do Paranapanema” (doutorando);  “Ciclo da Violência: vemos o que não vemos?. Tecendo redes em defesa da vida das mulheres” (2003); “Maria numa visão ecumênica (2003); ;Religião e violência simbólica contra as mulheres” (2008); “Mulheres assentadas: narrativas sobre constituição de espaços de liberdade num modelo rural tradicionalmente patriarcal” (2014).

Tânia Mara Vieira Sampaio

Doutora em Ciências da Religião pela UMESP. Mestre em Ciências da Religião pela UMESP. Licenciada em Pedagogia com Habilitação emMagistério para Deficientes Mentais pela UNIMEP. Bacharel em Teologia pela UMESP. Atualmente é docente no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás – Campus Luziânia. Atuou como docente e orientadora no Programa de Mestrado e Doutorado e Graduação em Educação Física da UCB. Universidade Católica de Brasília, na linha de pesquisa Aspectos Socioculturais e Pedagógicos relacionados à Atividade Física e Saúde, no período de 2008 a 2016. Atuou como docente e orientadora no Mestrado em Educação Física da UNIMEP, no período de 2000 a 2008. Tem experiência na área de Educação Física (graduação e pós-graduação), atuando, principalmente, nos seguintes temas: lazer-gênero, gênero-corporeidade, lazer adaptado, lazer e políticas públicas, fundamentos histórico-filosóficos da educação física, esporte e lazer. Editora Chefe da Revista Brasileira de Ciência e Movimento – RBCM.

Seu tema de doutorado foi: “Movimentos do corpo prostituido da mulher na beleza do cotidiano – aproximações da profecia de Oséias” (1997);  “Mulher: Uma prioridade profética” (mestrado, 1990); “Movimentos do corpo prostituído da mulher” (1999); “Um corredor de experiências: práticas de aborto” (1994); “Gênero e complexidade: paradigmas para um diálogo” (2003); “Gênero e os desafios epistêmicos para a teologia e outros saberes” (2003); “Limites e Preconceitos em modalidades hegemonicamente masculinas: o caso do boxe feminino” (2003); “O estudo da relação lazer e gênero no processo de formação profissional e nas políticas públicas” (2007) entre outros.

Tereza Maria Pompéia Cavalcanti

Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1966), graduação em Sciences Religieuses – Université Catholique de Louvain (1971), graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2003), mestrado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1983) e doutorado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1991). Atualmente é prestação de serviços do Centro de Estudos Bíblicos e assistente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Pastoral, atuando principalmente nos seguintes temas: pastoral popular, bíblia, espiritualidade, mulher e comunidades eclesiais de base.

Autora de inúmeras obras, destaco apenas alguns: “Produzindo teologia no feminino plural” (1988); “Sobre a participação das mulheres ni VI Encontro Intereclesial de Comunidades de Base” (1987); “As mulheres profetisas no Antigo Testamento” (1986); “Por mãos de mulher” (1993); “A mulher nos 500 anos de Evangelização da América Latina” (1991); “O discurso sobre e a prática de mulheres na Igreja Católica Romana” (1996).

Maryuri Mora Grisales

“Doutora em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. Possui mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2011). Graduação em Teologia pela Fundación Universitaria Bautista (2008)”. Faz parte da REJU (Rede Ecumênica da Juventude) desde 2010 e as áreas de interesse, trabalho e pesquisa são: teologia feminista, teologia da libertação, corporeidade e ética. Sua dissertação de mestrado foi na temática (2011):  “?Las caleñas son como las flores?? Tensão discursiva sobre os corpos das mulheres protestantes de Cali”. E sua tese de doutorado (2016): “Rastros de Eros: Para uma er/ética subalterna”. Possui diversos artigos e apresentações sobre feminismo e religião, como: “A ideologia da submissão na literatura cristã para mulheres” (2011); “Teología y género” (2012); “Os mundos de Frida Kahlo: Uma hermenêutica feminista de uma religiosidade ?mestiza?” (2013); “Sustentabilidade para quem? Apontamentos desde uma reflexão ética feminista.” (2014);  “Aportes e desafios das teologias feministas e do discurso pós-colonial para a teologia latino-americana” (2013);  “Corpo e sexualidade no cotidiano das mulheres protestantes de Cali-Colômbia” (2012).

Lilia Marianno

Administradora, professora universitária, empresária e teóloga. Doutoranda em Ciência e Tecnologia no programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (HCTE/UFRJ), bolsista de doutorado da CAPES e orientanda do Dr. Evandro Vieira Ouriques. Mestre em Ciências da Religião (Exegese/Literatura e Religião do Mundo Bíblico) pela Universidade Metodista de São Paulo, sendo orientada pelo Dr. Milton Schwantes e Mestre em Teologia Bíblica pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil onde foi orientada pelo Dr. Haroldo Reimer. Membro da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB) onde integrou a diretoria por vários anos, membro da Comissão de Justiça Racial e de Gênero da Aliança Batista Mundial (BWA) e membro do International Process Network (IPN), coordenando as atividades de disseminação do Pensamento Processual no Brasil. Desde 2004 integra o corpo de escritores da Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana (RIBLA) e da Revista Estudos Bíblicos publicada pela Editora Vozes. Escreveu duas dissertações de mestrado com temas ligados à intolerância religiosa, preconceito de gênero, de raça e etnia além de processos de xenofobia e exclusão. Suas pesquisas a levaram também aos estudos de Masculinidades e Homossexualidade e atualmente promove uma série de transmissões em tempo real pelas redes sociais intituladas : Mais educação para falar de Homossexualidade, Homoafetividade e Espiritualidade

Priscila Kikuchi Campanaro

Possui bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais (2007), bacharel em Teologia(2010), especialização em Docência no Ensino Superior (2010), mestrado em Ciências da Religião (2014). Atualmente é Doutoranda no programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião na Universidade Metodista de São Paulo com pesquisa na área de Gênero, Religião e Migração. Faz parte do Grupo de Pesquisa Mandrágora/NETMAL nesta mesma instituição. Seu mestrado foi na temática: “Pelo Sagrado Direito de Decidir” (2014) e atualmente está no programa de doutorado com o tema: “Ressignificações ético-teológicas da violência de gênero experimentada pelas migrantes bolivianas na cidade de São Paulo: uma análise a partir das teorias e teologias feministas pós-coloniais e descoloniais”. Escreveu artigos como, por exemplo,  “Teologia Feminista e Católicas pelo Direito de Decidir: caminhos e desafios teórico-práticos de uma produção e atuação teológica- militante pela vida das mulheres” (2015). Organizou um livro “Sabores e Saberes do IV Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião” (2016). E apresentou diversos trabalhos nas temáticas de feminismo, gênero, religião e migração.

Ana Ester Pádua Freire

Ana Ester é brasileira. É Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (2001). Bacharel em Teologia pelo Instituto Metodista Izabela Hendrix (2014). Mestra em Ciências da Religião, pela PUC-Minas (2015). Atualmente, cursa o doutorado em Ciências da Religião na PUC-Minas, no qual pesquisa as relações entre Religião, Política e Espaço Público. Sócia da Associação Brasileira de História das Religiões, ABHR, e da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura. Membro do Comitê Estadual de Respeito à Diversidade Religiosa de Minas Gerais, CDR-MG (Biênio 2018-2020). Colunista da Revista Senso, trabalha com os temas: Teoria Queer, Teologia Queer, Ativismo Queer e Teologia Feminista. É aspirante ao cargo de clériga das Igrejas da Comunidade Metropolitana.

Ana Ester escreve poemas, artigos, capítulos de livro e organizou a edição da revista Senso de mar/abr de 2019. Sugestões de leitura: “NA DESORDEM DO ARMÁRIO EMBUTIDO’: a afirmação da identidade como um sacramento” (REVISTA NURES , v. ano XV, p. 1-6, 2017.); “As gay, as bi, as trans e as sapatão estão tudo na Igreja: Religião e superação da violência de gênero” (Revista Senso, 2018);  “Mais dois anos de vida para Jesus”.( capítulo no livro Reimaginar a igreja no Brasil: 40 vozes evangélicas, 2017).

“Nós, LGBTs, vamos construindo espaços de resistência, criando igrejas e lançando mão de métodos interpretativos dos textos sagrados que libertem nossos corpos e nossa vivência homoafetiva. Vamos gritando a mudança: “As gay, as bi, as trans e as sapatão tão tudo reunida pra fazer revolução!” e, pouco a pouco, transformamos aqueles gritos de guerra em gritos de paz.” – Ana Ester

Chung Hyun-Kyung

Chung Hyun Kyung é uma teóloga coreana (prebiteriana) e professora de teologia ecumênica da Union Theological Seminary nos Estados Unidos, da qual possui o Ph.D. . Ela se bacharelou e  fez o mestrado na Ewha Womans University em Seoul. É mestre em Divindade (Master of Divinity ) da School of Theology at Claremont

Em 1990 ela introduziu uma teologia asiática da mulher no seu livro Struggle to be the Sun Again (Luta para ser tornar o Sol novamente). Nesse livro ela interpreta o evangelho como uma mulher coreana, fala sobre a sua busca por significado na luta pela integridade da história de seu povo pela liberdade.

No ano de 1991 houve o encontro do Concílio Mundial de Igrejas (World Council of Churches). Ela discursou no encontro e foi acusada de sincretismo, por combinar os ensinamentos cristãos com elementos de outras tradições. Sua resposta para essa acusação foi digna:

“Se eles me perguntam, “Você é sincrética?”, eu digo, “Você está certo, eu sou sincrética, mas você também!”. Minha resposta é que eu sei que sou sincrética, mas você não sabe que é sincrético porque você tem um poder hegemônico… Culturas não cristãs, quanto tentam interpretar o evangelho foram da experiência deles, eles acusam de sincretismo! Mas eles só estão sendo verdadeiros a sua própria identidade, história e cultura. Sincretismo é um dado. Como alguém já disse: ” Todo o movimento cristão é um movimento sincrético.” (ZH Interviews)

A teóloga Chung Hyun Kyung é identificada com a teologia Minjung.

“A “Teologia Minjung” é uma “teologia em solidariedade com o Minjung” ou uma “teologia do Minjung”. O termo sino-coreano de difícil tradução poderia ser traduzido em termos coloquiais como “povo/povão/plebe”. Ao usar esse termo a Teologia Minjung, entretanto, não pensa em um grupo específico de pessoas, mas na exclusão social na qual pobres se encontram com maior frequência que ricos e poderosos. Em determinadas circunstâncias uma pessoa pode ser considerada minjung num aspecto, e em outros, não. Quem estiver marginalizados em termos políticos, econômicos, culturais, morais ou religiosos faz parte do minjung naquele aspecto específico” (LIENEMANN-PERRIN, 2005, p. 102-103)

É nesse contexto teológico que a nossa teóloga faz parte. Seu discurso desafia os valores Ocidentais impostos ao Terceiro Mundo.  Sua pesquisa e ensino incluem teologias feministas e espiritualidade da Ásia, Africa  e América Latina, diálogo inter-religioso entre budismo e cristianismo, revoluções para mudanças sociais como também a história de várias teologias cristãs asiáticas.

Como é uma palestrante carismática, Kyung produziu uma série de oito partes para a TV Pública Coreana chamada The Power of Women in World Religions (O poder das mulheres nas religiões do mundo), foi uma série premiada na Coreia. Além de um vídeo no TEDxWomen. Suas publicações incluem inúmeros artigos e livros, como o já citado Struggling to be the Sun Again: Introducing Asian Women’s Theology; In the End, Beauty Will Save Us All: A Feminist Spiritual Pilgrimage, Vols. I and II (publicado em coreano);Letter From The Future: The Goddess-Spell According to Hyun Kyung(publicado em coreano).

Evangeline Anderson-Rajkumar

Evangeline Anderson-Rajkumar é teóloga e ativista feminista e dalit. Pastora luterana e foi a primeira mulher eleita para ser vice-presidente das Igrejas Evangélicas Luteranas Unidas na Índia. É professora do Lutheran Theological Southern Seminary em Columbia, Carolina do Sul.  Foi a primeira mulher permanente a fazer parte do corpo docente do Departamento de Teologia do renomado Serampore College.

Alguns de seus escritos: “The Violence of Silence: Reviewing the Church’s stance on the issue of Domestic Violence” in Asian Christian Review;  “Engaging the dis-ease of silence and passivity in church and society: New energy from rereading the Bible through a gender lens.” In In love with the Bible and its ordinary readers: Hans de Wit and the intercultural Bible reading project, edited by Hans Snoek. Elkhart, IN: Institute of Mennonite Studies, 2015, pp. “Womb: Is it inside or Outside? Reflections on the issue of Women renting their wombs” in The Yobel Spring. Vol 1 eds. Praveen PS Perumalla, et al., ACTC &ISPCK, Delhi, 2013, pp. 239–248.

Kwok Pui Lan

Kwok Pui Lan nasceu em 1952, na cidade de Hong Kong. Ela se converteu ao anglicanismo ainda adolescente e se tornou uma teóloga feminista. Se doutorou em Harvard e recebeu diversos prêmios na área. Possui influência internacional e atua como professora de Teologia Cristã e Espiritualidade na Episcopal Divinity School, em Cambridge, Massachusetts.

Autora e editora de diversos livros em chinês e inglês, como por exemplo, Postcolonial Imagination and Feminist Theology (Westminster John Knox); Introducing Asian Feminist Theology (Pilgrim); Discovering the Bible in the Non-Biblical World (Orbis Books); e Chinese Women and Christianity, 1860–1927 (Scholars Press). Ela é editora da maior obra de referência sobre Women and Christianity (4 vols., Routledge), e mais recentemente, coeditora de Postcolonial Practice of Ministry: Leadership, Liturgy, and Interfaith Engagement (Lexington Books, 2016). Há uma obra traduzida para o português pela Editora Paulus, “Globalização, gênero e construção da paz – O futuro do diálogo interfé”. Nesse livro, Pui-lan fala sobre o conceito de polidoxia, que é um conceito que reconhece que os cristãos não têm o monopólio de Deus.

A polidoxia insiste que nenhuma teologia ou credo pode exaurir o sentido de Deus e alegar infalibilidade doutrinal […] A polidoxia partilha a afinidade com a teologia apofática, que insiste que a natureza de Deus não pode ser plenamente descrita, e que só podemos falar a respeito do que Deus não é, em vez de sobre o que Deus é.

A teóloga encarna sua própria teologia, que é tecida pelo corpo de mulher chinesa, cristã, feminista e pós-colonial. Entende que a teologia e hermenêutica são feitas a partir das experiências individuais e coletivas. Essa diversidade é celebrada como a integralidade da teologia, ela diz que “a mulher cristã asiática consegue responder a pergunta de Jesus ‘quem vocês dizem que eu sou?’ a partir das próprias experiências e circunstâncias.” A
integralidade da teologia se faz presente quando leva em conta a vida e dá voz às experiências dos que são vulneráveis em comparação aos poderosos. Os poderosos da teologia ainda insistem em fazer uma teologia colonial, patriarcal e ocidental e, Kwok Pui
Lan, é a voz profética que vem denunciar esse tipo de atrocidade em um mundo plural e
com diversas etnias.

Kwok Pui-lan representa uma forma contemporânea de fazer teologia no contexto global, incorporando sua experiência de duas etnias teológicas muito diferentes – Ocidental e Asiática, com críticas feministas e pós-coloniais. Essa integração é evidente em sua escolha de fontes teológicas e é ilustrada em sua concepção de Cristo. Sua metodologia é histórica, dialógica e diaspórica. Sua visão de Deus é orgânica

 Virginia Fabella

Virginia Fabella é uma teóloga filipina e irmã Maryknoll, conhecida por seus trabalhos em teologia feminista asiática e teologia pós-colonial. Nasceu em Manilla, nas Filipinas. Ela se formou no Convento da Assunção em Manila. Em 1970, foi nomeada Diretora do Maryknoll Mission Institute e foi designada para a Região Leste dos EUA em 1976, onde atuou em Nova York na equipe do Projeto Teologia nas Américas e como coordenadora de programa da EATWOT (Associação Ecumênica de Teólogos do Terceiro Mundo).

A irmã Virginia trabalhou para ajudar as mulheres, especialmente as mulheres pobres, a alcançar algo mais na vida do que a mera existência em circunstâncias desumanas. Nos últimos anos, ela tem se engajado ativamente no tratamento de questões ecológico-ambientais. Ela também deu palestras e palestras significativas sobre ecumenismo, teologia, cultura e missão na Ásia, México, Estados Unidos e Roma. Alguns de seus trabalhos

  • Fabella, Virginia; Sugirtharajah, R. S., eds. (2003). Dictionary of Third World Theologies. Maryknoll, NY: Orbis Books.
  • Fabella, Virginia; Oduyoye, Mercy Amba, eds. (2006). With Passion and Compassion: Third World Women Doing Theology: Reflections from the Women’s Commission of the Ecumenical Association of Third World Theologians. Eugene, OR: Wipf and Stock Publishers.
  • Fabella, Virginia; Park, Sun Ai Lee, eds. (2015). We Dare to Dream: Doing Theology as Asian Women. Eugene, OR: Wipf and Stock Publishers.

Aruna Gnanadason

Aruna Gnanadason é uma teóloga feminista da Índia. Foi Diretora Executiva de Planejamento e Integração da na Secretaria Geral do Conselho Mundial de Igrejas.  É doutora em Ministério pelo San Francisco Theological Seminary. Pertence a Igreja do Sul da Índia (CSI). Foi Coordenadora da Equipe de Paz e Criação da Justiça e do Programa de Mulheres do Conselho Mundial de Igrejas. Para ela:

A experiência da vida sem voz, sem rosto e desamparada das mulheres asiáticas que buscam força regular é espiritualidade.  Os esforços das mulheres para descansar através de uma cultura de silêncio e transformar sua dor em poder político são experiências espirituais.  Os esforços das mulheres para retirar-se ou sair do sofrimento, suas canções e suas histórias de luta e libertação são muito espirituais. Esta é a espiritualidade que diz “sim” à vida e “não” à morte. Na irmandade das mulheres, em solidariedade com todos os outros que são oprimidos, na simplicidade do estilo de vida do movimento de mulheres e no seu compromisso de curar a criação e um mundo ferido, as mulheres expressam a espiritualidade feminista asiática . ( 1993, p. 24)

Aruna Gnanadason escreve sobre cuidados de criação e teologia eco-feminista, globalização e culturas locais, mulheres e fé, pacificação e liderança de mudanças não-violentas, e abordando a violência contra as mulheres. Algumas de suas publicações “Asian Women in the Ecumenical Movement: Voices of Resistance and Hope” (2017), “Jesus and the Asian Woman: A Post-colonial Look at the Syro-Phoenician Woman/Canaanite Woman from an Indian Perspective” (2001), “Listen to the Women! Listen to the Earth!” (2005), “Women, Violence and Nonviolent Change” (ed.) (2009), and “Creator God in Your Grace, Transform the Earth: An Eco-Feminist Ethic of Resistance, Prudence and Care” (2012).

Carter Heyward

Carter Heyward é uma sacerdote episcopal, professora, teóloga, ativista e escritora. Uma pioneira nas áreas da teologia da libertação feminista e da teologia da sexualidade. Ela aborda questões controversas: religião, valores familiares, dependência e recuperação, e a qualidade dos relacionamentos que estabelecemos uns com os outros. Ela transformou a consciência, proclamou as possibilidades de as mulheres serem sacerdotes, as lésbicas serem teológas e abriu caminho para novas abordagens para conectar o divino ao erótico, à justiça e aos limites desafiadores.

Ela se tornou ativista do movimento gay e lésbico (antes que “Bi” ou “Trans” estivessem muito no radar) à medida que os anos 70 progrediam. A chave para ela, como teóloga e lésbica, foi a realização das conexões teológicas, políticas, históricas e psicológicas fundamentais entre opressões de gênero e sexual e movimentos de justiça. Professora da Episcopal Divinity School in Cambridge desde 1971, escreveu inúmeros livros sobre LGBT  e teologia, entre eles: “Our Passion for Justice: Images of Power and Sexuality and Liberation (1984); Speaking of Christ: A Lesbian Feminist Voice (1989); Touching Our Strength: the Erotic as Power and the Love of God (1989);  Saving Jesus from Those Who Are Right: Rethinking What It Means to be Christian (1999).

“O Espírito nos atrai para um compromisso honesto uns com os outros, incluindo aqueles que podem ser muito diferentes de nós de várias maneiras, Deus nos chama para despertar e aprender a amar e respeitar uns aos outros, ponto final.” Carter Heyward

Judith Vázquez Arreola

Teóloga da Libertação, bacharel em Teologia no centro de Estudos Teológicos dos Jesuítas no México, validado pela Pontifícia Universidade do México. É licenciada em Ciências Teológicas na Universidad Iberoamericana. Fez dois mestrados na Universidad Iberoamericana, em Teologia & Mundo Contemporâneo e Direitos Humanos. Judith faz parte do Conselho Consultivo da Comunidade Ecumênica de Magdala. É vice-presidente de ação cidadã da National Construction AC. Faz parte da Sociedade Unida ao direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo que foram os impulsionadores da reforma através da qual o conceito de casamento foi redefinido e este direito foi reconhecido para lésbicas e homossexuais na Cidade do México desde o 4º. Março de 2010. Ele trabalhou em comunidades de mulheres indígenas em Guerrero e Chiapas e é ativista pelos direitos LGBTTTI no México. Judith se define como  “Teóloga, Lésbica e Feminista para Libertação”. Ela e sua companheira foram as primeiras lésbicas a se casarem no México em 2011.

“Não temos por que ter medo à igualdade, àquele que pensa ou age de maneira diferente. Não há por que se ter medo de alguém com uma identidade diferente à nossa. É preciso articular e viver com essas diferenças.” Judith Vázques Arreola

Elizabeth Stuart

Elizabeth Stuart, foi a primeira teóloga do Reino Unido especializada em teologia lésbica / gay / queer a ser nomeada para uma cadeira de professor, quando foi nomeada professora de Teologia Cristã no King Alfred’s College, em Winchester (atual Universidade de Winchester) em 1998, um posto que ela manteve até 2008, quando ela se mudou para a administração acadêmica sênior. Ela é uma ativista de longa data do  “Lesbian and Gay Christian Movement ” (Movimento Cristão Lésbico e Gay). Em 2008, Stuart recebeu o Prêmio LGCM por ‘defesa enérgica e profética” em nome de pessoas LGBT,  por escrever numerosos livros teológicos pioneiros e por permanecer um membro leal da LGCM’. Stuart foi consagrada como bispa na Open Episcopal Church (Igreja Episcopal Aberta), um pequeno grupo independente dentro do Reino Unido. Em 2006 tornou-se Arcebispa da Província da Grã-Bretanha e Irlanda da Liberal Catholic Church International (Igreja Católica Internacional Liberal), mas se aposentou em 2016.

Ela foi presidente fundadora do “Centro para o Estudo do Cristianismo e da Sexualidade”. Ela co-edita o jornal acadêmico Theology and Sexuality. Escreveu vários livros sobre teologia e sexualidade, incluindo Daring to Speak Love’s Name (Hamish Hamilton, 1992), Chosen: Gay Catholic Priests Tell Their Stories (Geoffrey Chapman, 1993), Just Good Friends: Towards a Theology of Lesbian and Gay Relationships (Mowbray, 1995), People of Passion (co-authored with Adrian Thatcher, Mowbray, 1996), Religion is a Queer Thing (Continuum, 1998) and Lesbian and Gay Theologies: Repetitions with Critical Difference (Ashgate, 2003).

“Quando as pessoas me perguntam como posso continuar sendo católica praticante e ao mesmo tempo ser uma feminista extremamente lésbica, minha resposta é que foi da Igreja Católica que aprendi que Deus era um Deus de libertação que toma o lado dos pobres e oprimidos. . Foi da Igreja Católica que aprendi que Deus é um deus da igualdade e da mutualidade. Foi da Igreja Católica que aprendi que o amor conhece os limites do conhecimento. Foi da Igreja Católica que aprendi que a igreja não era o papa, bispos ou padres, mas todo o povo de Deus, inclusive eu. Foi na missa que aprendi que os corpos são indispensáveis ​​no louvor de Deus e que são importantes. Foi na missa que fiquei sabendo que estava tudo bem para os homens usarem vestidos luxuosos. Na escola do convento, aprendi que o casamento e a vida familiar não eram as únicas opções para um cristão. Fui apresentada a toda uma tradição de santos que desafiou as convenções sociais de seus dias e disse não apenas que Deus os amava, mas que eles eram meus amigos. Foi entre meus amigos católicos que encontrei pela primeira vez a teologia feminista e da libertação. Claro, eu também aprendi que a igreja não cumpriu o que me ensinou, houve um deslize entre a visão e a realidade e isso me escandalizou e ainda faz. Mas a visão me deu permissão para ser lésbica e feminista e, na verdade, foi mais do que permissão, em certo sentido, me fez entrar nessas coisas.” Elizabeth Stuart

Ana Claudia Figueroa

Teóloga e Contabilista. Graduada Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo (1990), mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (1993), doutora em Teologia pela Escola Superior de Teologia (2008), graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Católica de Brasília (2012), Pós-Doutorado (em curso), em Comunicação e Informação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.. Tem experiência na área de Gestão, Teologia, Educação, com ênfase em Teoria Geral de Planejamento e Desenvolvimento Curricular, Feminismo e Teoria Queer, atuando principalmente nos seguintes temas: Religião e Fundamentalismos, Gestão Escolar,Cultura e Significação. Teóloga queer, aprendiz das potências do feminino no mundo, nas formalidades da academia doutra pela Escola Superior de Teologia.

Ana Claudia possui inúmeros escritos sobre povos originários, cristianismo e teologia queer, entre eles o livro “A letra mata… o espírito vivifica. Conflitos e identidades dos cristianismos originários.” (CEBI, 2016). Dentre os artigos estão: Tuxáua não é mulher: povos originários, religião e designações do feminino” (Revista Senso, 2019); ” Insistindo por 500 anos: não só de gemidos vive a América Latina!” (capítulo no livro 500 anos de invasão, 500 anos de resistência, Paulinas, 1992). Assessorias e palestras: “Roda de Saberes: Olhar Queer sobre Educação e Fundamentalismos” (2016); ” Intolerância, Violência e Impunidade (até quando?)” (2016).

“Sou teóloga, logo a respiração do conhecimento que me constitui vem dos ventos dos espíritos que habitam o mundo e inspiram os seres humanos em suas trajetórias breves e corrosivamente solitárias no nascer e morrer neste planeta que nos acolhe.” – Ana Claudia Figueroa

 Emilie M. Townes

Emilie M. Townes, uma clériga americana batista, lésbica, negra, é natural de Durham, Carolina do Norte. Ela possui um “Doutorado em Ministério” pela University of Chicago Divinity School e um Ph.D. em Religion i n Society and Personality  da Northwestern University. Townes é a primeira professora de Religião e Teologia Afro-americana de Andrew W. Mellon naYale University Divinity School e no outono de 2005, ela foi a primeira mulher afro-americana eleita para a linha presidencial da Academia Americana de Religião (AAR) e serviu como presidente em 2008. Em julho de 2008, ela se tornou a primeira afro-americana e primeira mulher a atuar como Reitora Associada de Assuntos Acadêmicos na Escola de Divindade.

Organizou e publicou diversas obras entre elas: “A Troubling in My Soul: Womanist Perspectives on Evil and Suffering and Embracing the Spirit: Womanist Perspectives on Hope, Salvation, and Transformation”;  também escreveu “Womanist Ethics, Womanist Hope”; “In a Blaze of Glory: Womanist Spirituality as Social Witness”;  “Breaking the Fine Rain of Death: African American Health Issues and a Womanist Ethic of Care”, e seu inovador livro, ” Womanist Ethics and the Cultural Production of Evil”

Mercy Amba Oduyoye

Mercy Amba Oduyoye (nascida em 1934) é uma teóloga metodista ganense conhecida por seu trabalho na teologia da mulher africana. Atualmente, é diretora do Instituto de Mulheres Africanas em Religião e Cultura do Seminário Teológico Trinity, em Gana. É uma renomada teóloga, educadora, escritora, mentora e poeta, ela trabalhou incansavelmente para abordar questões de pobreza, assistência médica, empoderamento da juventude, direitos das mulheres, práticas culturais e religiosas destrutivas e agitação global. Ela é a fundadora do Circle of Concerned African Women Theologian, uma organização que incentiva as mulheres africanas a pesquisar, escrever e publicar seus próprios livros e artigos sobre “questões africanas” e outras questões.

Conheça suas obras: Hearing and Knowing: Theological Reflections on Christianity in Africa Eugene, Or.: Wipf and Stock Publishers, 1986; ‘Women and Ritual in Africa’ in The Will to Arise: Women, Tradition, and the Church in Africa (1992); ‘Feminist Theology in an African Perspective’ in Paths of African Theology (1994) ; Daughters of Anowa: African Women and Patriarchy Maryknoll, NY Orbis Books 1999; Beads and Strands: Reflections of an African Woman on Christianity in Africa Maryknoll, New York : Orbis Books, 2004

Lilian Conceição da Silva

Lilian Conceição da Silva, nordestina, doutora em Teologia, reverenda há 18 anos pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, ativista negra, feminista e militante. Pós-Doutorado em Educação, Culturas e Identidades, pela a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), com pesquisa sobre os protagonismos e agenciamentos de mulheres negras em suas organizações no Nordeste brasileiro, sob a supervisão da Profa. Dra. Denise Botelho (UFRPE). (O artigo final da pesquisa pós-doutoral será submetido à Revista Estudos Teológicos, com qualis A2 em Teologia). Doutora em Teologia, na área Religião e Educação, com pesquisa desenvolvida em comunidade-terreiro do Batuque do Rio Grande do Sul, com enfoque nas ações educativas e nos processos pedagógicos para o empoderamento de mulheres negras numa perspectiva afrocentrada para superação da violência de gênero. Mestra em Teologia, com pesquisa sobre as ações educativas do Centro Ecumênico de Cultura Negra (CECUNE) – a dissertação de mestrado será publicada e lançada em junho de 2019, na Costa Rica, pela Editor da Universidade Nacional da Costa Rica (UNA). Especialista em Educação de Jovens e Adultos na Diversidade, com pesquisa em comunidade quilombola rural de Capororocas/. Atualmente, graduanda em Pedagogia na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Temas de pesquisa: relações étnico-raciais na educação; interseccionalidade de gênero e raça na educação; raça, racismo, racialidade e etnicidade; feminismos, feminismos negros, gênero e violência de gênero; teologia feminista; diversidade religiosa. Pesquisadora e co-coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde – GEPERGES Audre Lorde/UFRPE/Recife/PE, e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Gênero – Programa de Gênero e Religião (Faculdades EST, São Leopoldo/RS).

Produções: Prevenção E Enfrentamento À Violencia De Genero (2014);  A Educação como meio de combater o racismo. Identidade! , v. 06, p. 15-20, 2004.;  Negritude e Branquitude: Razões da (des)igualdade.. 1. ed. São Leopoldo: CECA; CEBI., 2010. v. 1.; Pluralismo Religioso e Direitos Humanos. 2015. 96p .

Sônia Mota

A Reverenda Sônia Gomes Mota, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil. Graduada em teologia pelo Instituto de Educação Teológica da Bahia (ITEBA), em 1992, onde iniciou sua caminhada ecumênica inter-religiosa. Licenciou-se em filosofia na Universidade Federal da Bahia em 1997. Primeira pastora ordenada pela Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU). Em 2003, tornou-se mestre em teologia, pelo Instituto Ecumênico de Pós Graduação da Faculdade da Escola Superior de Teologia em São Leopoldo, Rio Grande do Sul na área de História da Igreja. Foi assessora de ecumenismo e coordenadora executiva no CECA – Centro Ecumênico de Capacitação e Assessoria e hoje ocupa o posto de Diretora Executiva na CESE- Coordenadoria Ecumênica de Serviço.

Organizadora de diversos livros em parceria com o CEBI, como  Juventude Superando a Violência; Mulheres e a Reforma Protestante; Ecumenismo e Feminismo – Parcerias da casa comum  – Religiões e Democracia: entrevista com Sônia Mota: https://www.cese.org.br/acervo/2017/religioes-e-democracia-entrevista-com-sonia-mota/

Eliad Dias dos Santos

Eliad Santos é pastora Metodista. Possui mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (1998). Tem experiência na área do Terceiro Setor, com ênfase nas áreas de etnia, gênero,diversidade sexual. Perseguida pela própria Igreja Metodista do Brasil, Eliad segue resistindo e fazendo trabalhos sociais e teologia prática com a sua paróquia: acolhimento de mulheres imigrantes, pessoas e famílias LGBTI+; enfrentamento do racismo estrutural na igreja e sociedade.

Conheça seu trabalho: Genero e Diversidade sexual percursos e reflexões na construção de um Observatório LGBT. 323. ed. São Paulo: Ponocom, 2016. v. 1. 8p .; Religiões em Diálogo: Violência contra as mulheres. 1. ed. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 2009; Trans;Derme. Uma performance sobre o feminino,a repressão e a violência sobre o corpo feminino. 2017.

http://www.expositorcristao.com.br/igreja-metodista-da-luz-aprova-projeto-para-acolher-mulheres-e-criancas-migrantes-e-refugiadas

Lisa Sharon Harper

Harper obteve seu diploma de mestrado em Direitos Humanos pela Universidade de Columbia, na cidade de Nova York, e atuou como diretora de engajamento da igreja. Nessa capacidade, ela jejuou por 22 dias como em 2013 para reforma da imigração – Fast for Families. Ela treinou e catalisou evangélicos em St. Louis e Baltimore para pressionar e protestar pela justiça em 2014 em Ferguson e o processo de cura de 2015 em Baltimore, e educou líderes religiosos na África do Sul a puxar as alavancas da democracia para a igualdade racial e a inclusão econômica .

Autora de diversos livros: Evangelical Does Not Equal Republican…or Democrat (The New Press, 2008); Left Right and Christ: Evangelical Faith in Politics (Elevate, 2011); Forgive Us: Confessions of a Compromised Faith (Zondervan, 2014); The Very Good Gospel: How Everything Wrong can be Made Right (Waterbrook, a division of Penguin Random House, 2016).

Lídia Maria de lima

Possui Licenciatura em Pedagogia pelo Claretiano Centro Universitário (2018); Bacharelado em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo (2009), e Bacharelado em COMUNICAÇÃO SOCIAL/JORNALISMO – FIZO – Faculdade Integração Zona Oeste (2004) e mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2012).  Atuando principalmente nos seguintes temas: Trabalho de conclusão de curso; pesquisas em gênero; questões etno-raciais; trânsito religioso, aconselhamento pastoral e violência doméstica.

Produções:  Gestação: medos e mudanças. Mosaico Apoio Pastoral , v. 25, p. 3-5, 2017;  Entre o amém e o axé – O trânsito religioso de mulheres entre o protestantismo e as religiões afro-brasileiras. (2010); Hermenêutica Negra e Feminista: outras possibilidades de leitura da Bíblia. 2017.

Maricel Mena López

Maricel Mena López é escritora, pesquisadora e escritora colombiana. É formada em ciências religiosas pela Pontificia Universidad Javeriana em Bogotá, Colômbia, mestre em ciências da religião pela Universidade Metodista de São Paulo, Brasil, e doutora em ciências da religião pela Universidade Metodista de São Paulo com uma tese sobre as raízes afro-asiáticas das origens de Israel. Foi a primeira doutora negra em teologia na América Latina.

É autora, entre outros, dos seguintes livros:Panorama Bíblico Latinoamericano, publicado en 2010; Espiritualidad Justicia Y Esperanza Desde Las Teologías Afro-Americanas Y Caribeñas, publicado en 2009; Cuestión De Piel: De Las Sabidurías Hegemónicas A Las Emergentes, publicado en 2008; y Abrindo sulcos – para uma teologia afroamericana e caribenha, publicado en 2004.

Delores S. Williams

Delores Seneva Williams (nascida em 1937) é uma teóloga presbiteriana americana, notável por seu papel  no desenvolvimento da teologia mulherista (womanist theology) e mais conhecida por seu livro Sisters in the Wilderness. Delores adotou o termo “womanist” de Alice Walker, que era diferenciava do feminismo, com foco nas mulheres, principalmente nas mulheres brancas. Delores Williams influenciou a teologia, no passado e no presente, trazendo outras perspectivas que quebram com a supremacia branca teológica.

Suas obras de destaque:Sisters in the Wilderness (1993);  Women’s oppression and lifeline politics in black women’s religious narratives”. Journal of Feminist Studies in Religion. (1985);   “Womanist/feminist dialogue: problems and possibilities”. Journal of Feminist Studies in Religion.;  A Study of the Analogous Relation Between African-American Women’s Experience and Hagar’s Experience: A Challenge Posed to Black Liberation Theology (PhD thesis). New York: Union Theological Seminary

Katie Geneva Cannon

A Rev. Dra. Katie Cannon, a primeira mulher negra a ser ordenada em um dos principais ramos do Presbiterianismo United Presbyterian Church (USA) (1974) ;estudiosa e inovadora que  ajudou a elevar a perspectiva das mulheres negras na igreja e no pensamento acadêmico. Cannon era uma mulher de muitos primeiros, incluindo a primeira mulher negra a receber um PhD do Union Theological Seminary (1983). Cannon era uma voz fundamental na teologia mulherista,  que busca escapar das visões centradas em homens e brancos da religião e da ética e valorizar as experiências e insights das mulheres negras nessas áreas.

Obras: “Black Womanist Ethics” (1988); God’s Fierce Whimsy: Christian Feminism and Theological Education (1985);  Teaching Preaching: Isaac Rufus Clark and Black Sacred Rhetoric (2002);

Jacquelyn Grant

Jacquelyn Grant nasceu em Georgetown, Carolina do Sul, em 19 de dezembro de 1948. Frequentando a escola católica em tenra idade, Grant mudou-se para escolas públicas, formando-se na Howard High School em 1966. A partir daí, frequentou o Bennett College, o Turner. Seminário Teológico em Atlanta, Geórgia, e obteve seu Ph.D. do Union Theological Seminary, em Nova York.

Grant se envolveu com o Programa de Estudos da Mulher na Harvard Divinity School dentro do Programa de Pesquisa da Mulher em 1977. Seu envolvimento levou à criação do Programa de Estudos da Religião da Mulher, e permaneceu lá até 1979. Grant fundou o Centro para Mulheres Negras em Igreja e Sociedade no Centro Teológico Interdenominacional em 1981, onde continua atuando como diretora e professora. Como ministra praticante, Grant atuou como ministra assistente na Igreja Episcopal Metodista Africana de Flipper Temple, de 1980 a 1982. Atualmente, é ministra assistente na Igreja Episcopal Metodista Africana da Vitória, em Atlanta.

Autora de sucesso, Grant escreveu ou editou vários livros, incluindo White Women’s Christ and Black Women’s Jesus: Feminist Christology and Womanist Response, o livro mais vendido de todos os tempos lançado pela Scholars Press e seu livro mais recente, Perspectives on Womanist Theology. Grant recebeu o Prêmio do Ministério Dr. Martin Luther King Jr. em 1986 e foi nomeada a Mulher do Ano em Religião pela Irmandade Iota Phi Lambda.

Musimbi Kanyoro

Kanyoro nasceu no condado de Migori, no Quênia. Ela freqüentou a escola para meninas da Alliance no Quênia e atribui o fato de estar em um espaço exclusivo para meninas como uma maneira poderosa de construir e moldar a confiança em seus primeiros anos de vida. Ela obteve um diploma de graduação da Universidade de Nairobi e um doutorado em lingüística da Universidade do Texas em Austin. Em seu segundo doutorado, Kanyoro estudou teologia feminista no Seminário Teológico de São Francisco. Ela recebeu três doutorados honorários. Ela também foi uma professora visitante de hebraico e do Antigo Testamento em Harvard.

Musimbi Kanyoro foi Presidente e CEO do Global Fund for Women de 2011 a 2019. Ela é reconhecida globalmente por sua liderança em organizações e iniciativas que promovem os direitos humanos de mulheres e meninas e em filantropia para comunidades. Musimbi é apaixonado por usar a filantropia e a tecnologia para promover mudanças sociais.

Artigos e vídeos: Women and girls hold the key to ending gender-based violence;  Technology is a Women’s Human Rights Issue; Defending Earth Every Day With Women Around The World; No exceptions for health and rights: Women’s movements hold the key to get the world we want. TedTalks: Musimbi Kanyoro: To solve the world’s biggest problems, invest in women and girls

Fulata L. Moyo

Fulata L. Moyo, 1961, nascida em Malawi, é uma ativista da justiça de gênero e acadêmica que trabalha para o Conselho Mundial de Igrejas como executiva do programa para mulheres na igreja e na sociedade. Foi  professora visitante em Estudos da Mulher e Religiões Africanas na Harvard Divinity School. Foi editora convidada da International Review of Mission (abril de 2015) e da Ecumenical Review (outubro de 2012) e co-editou Women Writing Africa: Eastern African Region (2007). Ela recebeu seu doutorado na School of Religion and Theology da Universidade de KwaZulu-Natal, África do Sul, com estudos adicionais na Divinity School e no Departamento de Saúde Pública da Universidade de Yale.

Obra e entrevista: Women Writing Africa; A Discussion with Fulata L. Moyo, World Council of Churches.

Karen Baker-Fletcher

Karen Baker-Fletcher é professora de teologia sistemática na Perkins School of Theology em Dallas, Texas. Obteve seu Ph.D. na Harvard Graduate School of Arts and Sciences, Theology and Literature, 1991. É pesquisadora de teologia mulherista, feminista, gênero e religião, Teologia da libertação afro-americana. Listada como uma dos 15 principais líderes religiosas em questões ecológicas pela revista Grist, 2007; Membro do Grupo de Trabalho para Teologia Construtiva; Membro do Conselho, International Process Network; Membro da Sociedade para o Estudo da Religião Negra (SSBR).

Principais obras: Dancing With God: A Womanist Perspective on the Trinity (St. Louis: Chalice Press, 2006; 2007);  Sisters of Dust, Sisters of Spirit: Womanist Wordings on God and Creation (Minneapolis: Fortress Press, 1998); Baker-Fletcher, Karen, with Baker-Fletcher, Garth Kasimu, My Sister, My Brother: Womanist and Xodus God-talk (Maryknoll: Orbis, 1997); A Singing Something: Womanist Reflections on Anna Julia Cooper (New York: Crossroad, 1994).

Renita J. Weems

A Dra. Renita J. Weems é uma estudiosa bíblica, acadêmica, escritora, ministra ordenada e intelectual pública, cujas idéias acadêmicas sobre a fé moderna, os textos bíblicos e o papel da espiritualidade na vida cotidiana a tornam muito procurada, como escritora e palestrante. Ordenada anciã na Igreja AME desde 1984, o Dr. Weems escreveu sobre o crescimento e a diminuição da fé que todos os crentes enfrentam na jornada espiritual.

Dr. Weems obteve seu diploma de graduação na Wellesley College em Wellesley, MA, e seu mestrado e doutorado do  Princeton Theological Seminary em Princeton, NJ. Sua graduação em 1989 com um Ph.D. nos estudos do Antigo Testamento de Princeton, ela foi a primeira mulher afro-americana a obter um doutorado no Antigo Testamento. Dr. Weems é autora de vários livros amplamente aclamados sobre espiritualidade e integridade das mulheres, como: “Just A Sister Away” (1987 & 2005), “I Asked for Intimacy” (1993), “Showing Mary: How Women Can Share Prayers, Wisdom, and the Blessings of God” (2003), e “What Matters Most: Ten Passionate Lessons from the Song of Solomon” (2004); “Black Stars: African American Religious Leaders,” (2008).

Cheryl Sanders

Cheryl é professora de Ética Cristã na Howard University School of Divinity, onde ministra cursos de ética cristã, ética pastoral e espiritualidade afro-americana. Ela é pastora sênior da Igreja de Deus da Third Street em Washington, DC desde 1997.

Cheryl tem ministrado nacional e internacionalmente por mais de 30 anos como pregadora de cultos, reuniões de acampamento, convenções, conferências e avivamentos. Ela foi homenageada como uma anciã na edição de outono de 2005 do The African American Pulpit: Those Preaching Women. É autora de mais de 100 artigos e vários livros, incluindo Ministry at the Margins, Saints in Exile, and Empowerment Ethics for a Liberated People.

 Shawn Copeland

Mary Shawn Copeland (nascida em 24 de agosto de 1947) é Professora Emerita de Teologia Sistemática no Boston College. Ela é conhecida por seu trabalho em antropologia teológica, teologia política e teologia católica afro-americana. Copeland recebeu seu B.A. em inglês, em 1969, pelo Madonna College, em Michigan, antes de concluir seu doutorado em teologia sistemática em 1991, pelo Boston College. Copeland ocupou cargos na Universidade Xavier da Louisiana, na Yale Divinity School e na Marquette University. Ela trabalhou como professora adjunta no Departamento de Teologia da Boston College por vários anos e ingressou em 2003 como Professora Associada de Teologia Sistemática, tornando-se Professora Titular em 2013. Aposentou-se e tornou-se professora Emerita em 2019.

Principais trabalhos: Enfleshing Freedom: Body, Race, and Being (Fortress Press, 2010);  The Subversive Power of Love: The Vision of Henriette Delille: The Madeleva Lecture in Spirituality (Paulist Press, 2009); Uncommon Faithfulness: The Black Catholic Experience. With LaReine-Marie Mosely and Albert Raboteau (Orbis Books, 2009).

Silvia Regina de Lima Silva

Silvia Regina de Lima Silva é brasileira, teóloga, biblista. Ela se juntou à equipe de pesquisa do DEI desde 2001; Atualmente, ela é diretora e participa da equipe de Bíblia e Teologia do Programa de Formação. Ela publicou livros na editora DEI, bem como artigos nas etapas da revista. Ela também realiza estudos no doutorado em Estudos da Sociedade e Cultura, com o tema: “Modernidade, Colonialidade e Teologia”. Ela é membro da ASETT (Associação Ecumênica de Teólogos do Terceiro Mundo) e trabalhou com grupos de Leitura Popular da Bíblia e com Teologia Negra na América Latina.

Monica A. Coleman

Monica A. Coleman (nascida em 1974) é uma teóloga contemporânea associada à teologia de processos e teologia feminista. Ela é professora associada de teologia construtiva e religiões afro-americanas na Claremont School of Theology e professora associada de religião na Claremont Graduate University. Atualmente, é uma das co-diretoras do Center for Process Studies. Seus interesses de pesquisa são em metafísica whiteheadiana, teologia construtiva, teologia filosófica, teologia metafórica, teologias negras e feministas, religiões afro-americanas, religiões tradicionais africanas, teologia e violência sexual e doméstica e saúde mental e teologia.

Autora e organizadora de obras como: The Dinah Project: A Handbook for Congregational Response to Sexual Violence, Pilgrim Press, 2004; Making a Way Out of No Way: A Womanist Theology, Minneapolis: Fortress Press, 2008; Creating Women’s Theology: A Movement Engaging Process Theology, (edited with Nancy Howell and Helene Tallon Russell), Eugene, OR: Pickwick, 2011.Not Alone: Reflections on Faith and Depression – A 40-Day Devotional, Culver City, CA: Inner Prizes Inc, 2012.;Ain’t I A Womanist, Too?: Third Wave Womanist Religious Thought, (edited), Minneapolis, MA: Fortress, 2013. Bipolar Faith, Minneapolis: Fortress Press, 2016.

Sandra Duarte de Souza

Possui graduação em Serviço Social pela Faculdade Paulista de Serviço Social (1989), graduação em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo (1992), mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (1995), doutorado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (1999) e pós-doutorado em História Cultural pela UNICAMP (2010). Atualmente é professora titular da Universidade Metodista de São Paulo, coordenadora da área de Religião, Sociedade e Cultura do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião, editora da Mandrágora-Revista de Estudos de Gênero e Religião e editora da Revista Estudos de Religião. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Religião, atuando principalmente nos seguintes temas: religião, gênero e política. É membro da Associação de Cientistas Sociais da Religião no Mercosul (ACSRM); da Latin American Studies Association (LASA); da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (SOTER); e da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR). Sua tese de doutorado foi na temática: “Teo(a)logia, Ética e Espiritualidade Ecofeminista: Uma Análise do Discurso” (1999). Escreveu diversos livros sobre feminismo e religião: “Gênero e Religião no Brasil: Ensaios Feministas” (2006); “A casa, as mulheres e a igreja: gênero e religião no contexto familiar” (2009);  “Fundamentalismos Religiosos Contemporâneos” (2013), ajudou na organização dos livros “Estudos Feministas e Religião: Tendências e Debates – Volume 1 e 2” (2014; 2015).

Projeto Redomas

“Se considerada como um lugar, pode significar ao mesmo tempo proteção e privação, semelhante aos espaços de exercício da fé cristã. O projeto Redomas: Depoimentos de Dentro, nasceu com a proposta de dar visibilidade às narrativas de mulheres que, em algum momento da vida, em alguns espaços cristãos, foram expostas, objetificadas, classificadas e caladas. Existe mais que apenas um corpo dentro destas redomas. E estes corpos femininos querem falar.

Este projeto foi pensado e está sendo organizado por mulheres cristãs, a maioria delas pertencentes à Aliança Bíblica Universitária do Brasil, que pretendem promover um diálogo para encerrar, de uma vez por todas, a circulação de discursos que considerem mulheres apenas como objetos dentro dos espaços de exercício de fé. Aqui você vai encontrar mulheres escrevendo, falando e produzindo com o intuito de sensibilizar homens e (até outras mulheres) a enxergarem mulheres como um ser. Para além da redoma.”

Coletivo Vozes Marias

O Coletivo Vozes Marias é uma organização de mulheres cristãs que atuam profissionalmente na promoção da justiça e igualdade de gênero e no enfrentamento à violência doméstica contra a mulher. Surgiu no ano de 2014 ligado a Rede FALE – Recife. Sua base de valores éticos busca inspiração e centralidade no Evangelho de Jesus Cristo, debruçando-se sobre os estudos de Gênero e Políticas Públicas para as mulheres.

Coletivo Vozes Marias fala sobre a trajetória de fé e militância de mulheres evangélicas por defesa de direitos, a partir do diálogo e influência da pedagogia crítica e da teologia bíblica feminista, além das experiências pessoais de superação da violência contra a mulher.

Evangélicas pela Igualdade de Gênero

“As ponderações que norteiam este espaço seguem a perspectiva de compreender as relações entre homens e mulheres no espaço religioso evangélico.

O propósito deste espaço é compartilhar ações de redução das desigualdades entre homens e mulheres no espaço religioso, porém com resultados na esfera da família, do trabalho e da sociedade como um todo. O objetivo aqui é desenvolver e compartilhar uma política de empoderamento social entre as mulheres evangélicas. Evangélicas pela Igualdade de Gênero trata-se de uma ação coletiva em que as mulheres tomam controle de seus próprios assuntos, de sua própria vida e de seu destino. Por meio do processo de empoderamento as mulheres evangélicas (protestantes, pentecostais e neopentecostais) podem tomar consciência de suas habilidades (e desenvolver aquelas que lhes faltam) e de suas competências para produzir, criar e gerir em igualdade com os homens.”

Católicas pelo Direito de Decidir

Católicas pelo Direito de Decidir foi fundada no Dia Internacional da Mulher de 1993. A ONG apoia-se na prática e teoria feministas para promover mudanças em nossa sociedade, especialmente nos padrões culturais e religiosos.

O desenvolvimento humano depende do respeito aos direitos humanos e civis da população, em toda sua diversidade. Lutamos pela igualdade nas relações de gênero na sociedade, na Igreja Católica e em outras religiões. Adotamos a corrente de pensamento ético-religioso feminista pelo direito de decidir, que reconhece a autoridade moral e capacidade das mulheres de tomar decisões livremente em todos os campos de suas vidas.

Nossas atividades são direcionadas para as mulheres, jovens, LGBTs, negras, pois acreditamos ser essencial o fortalecimento destes grupos sociais, sejam eles organizados ou não, para que possamos construir uma sociedade plena de direitos e livre de preconceito e violência. Nos dedicamos à promoção da cidadania e do reconhecimento dos direitos sexuais e direitos reprodutivos como direitos humanos.”

Grupo Flor de Manacá

“Como exemplo dessa preocupação mais ampla com os dilemas da cultura patriarcal e o sofrimento das mulheres do nordeste, nasce na IBP (Igreja Batista do Pinheiro), no ano de 2006, o Grupo Flor de Manacá, assumidamente articulado com uma hermenêutica feminista de gênero.

Mais do que um movimento pedagógico que visa transmitir informações sobre a Bíblia, ou ainda mais do que a simples contextualização da interpretação bíblica, o Grupo Flor de Manacá acaba por se constituir como um interessante instrumento de empoderamento de mulheres simples, na capital Maceió e no interior do estado, que, de outra maneira, permaneceriam passivas frente à posição subalterna em relação aos homens, imposta pela cultura patriarcal na qual estão inseridas. O potencial libertador e conscientizador da Bíblia, serve como fomento para uma nova atitude dessas mulheres frente à sociedade e frente à si mesmas. Nas palavras de Santos (idem, p. 53)¹, “o Grupo Flor de Manacá busca caminho de libertação, de cura e de reconstrução que traga vida melhor para mulheres nordestinas através da releitura da Bíblia”.